Fazendo jus ao nome, o Guia de Motos é um espaço onde você encontra diversas informações sobre modelos que estão (ou já estiveram) à venda no Brasil. Assim, há dados, fotos, ficha técnica, vídeos, notícias e avaliações de usuários, destacando os prós e contras da moto em questão. Dessa forma, hoje o assunto é a XTZ 125.
- Relembre o TESTE com a XTZ 125 2009 (e seus 43 km/litro)
- Confira como foi o TESTE com a XTZ 125 2011
- Tem uma Yamaha XTZ 125 na garagem? Opine no nosso Guia de Motos
XTZ 125: review, consumo, história
Lançada em setembro de 2002 a XTZ 125 mostrava qualidades estéticas e mecânicas que chamaram a atenção do público. Para quem procurava mais potência existia a Yamaha XT660 e as especiais de competição. Entretanto, a apelidada “xistezinha” era a opção mais mais esguia e com custo benefício mais ível, ainda com aptidão “off” frente as outras motos 150 cc street da mesma categoria.
E esta era mesmo a proposta da motocicleta: oferecer uma solução mais barata para o consumidor que gostava do estilo off road. Além disso, atendia aos que necessitavam de uma moto versátil e econômica para o uso urbano no dia a dia. A sua gama de utilização era melhor aproveitada nas ruas das cidades e enfrentando o “rally” dos trechos esburacados ou com piso irregular.
O modelo da Yamaha foi fabricado de 2002 a 2016 e teve duas gerações. A primeira durou até 2008 e era levemente mais potente. Já a segunda geração, que iniciou em 2009, a moto recebeu leves mudanças estéticas.
Entretanto, a maior alteração foi os ajustes no motor para atender ao Promot, programa de emissões. Assim, a XTZ 125 ficou mais econômica, mas menos potente. Antes eram 12,5 cv de potência, logo ajustados para 10 cv. Parece pouco, mas na prática significa 20% a menos de potência à disposição do piloto.
XTZ 125: pontos positivos
Entre os pontos positivos da Yamaha XTZ 125 estão o relativo conforto, considerando-se que ela era uma moto de entrada. Além disso, merece destaque o trabalho das longas suspensões, com curso de 180 mm em ambas as rodas. Isso era um ponto positivo frente às streets como a YBR 125, com 120 mm na suspensão dianteira e 105 mm na parte de trás. Além disso, o nível de acabamento dos plásticos e a economia (que beirou os 50 km/litro no nosso teste) não deixavam a desejar.
Pontos negativos
Com aptidão off-road, o banco era plano e sua dureza pode incomodar quem ar mais de 30min sobre o assento. Outro ponto com ressalva é carburador, que acompanhou o modelo até o fim de sua produção. A falta de um marcador de combustível também pode deixar o motociclista na mão em algumas situações.
Talvez o principal defeito do modelo, porém, seja a baixa potência e dificuldade para manter velocidade acima dos 100 km/h mediante pequenos obstáculos, como um leve aclive. Desta forma, o desempenho acabava por limitar seu uso rodoviário.
XTZ 125 vale a pena?
Valente, resistente, leve, econômica e com uma pega off-road ‘raiz’, a XTZ 125 deixou saudades no mercado nacional. O público sentiu tanta falta de uma aventureira pequena de paralama dianteiro alto que a Yamaha lançou a versão ‘Z’ da XTZ 150 Crosser em 2018 como forma de ‘acolher’ os órfãos da Xtzinha.
Aliás, o modelo teve um fim triste. Primeiro, porque não tinha fôlego (literalmente) para encarar a principal concorrente, Honda NXR Bros, que ganhou motor de 150 cc ainda em 2006. Depois, em 2014, ou a sofrer concorrência interna, dividindo vendas com a Crosser, mais moderna, potente e bem acabada.
Assim a XTZ 125 foi definhando aos poucos. A produção caiu gradativamente, das 43 mil motos produzidas em 2008 para 4.036 em 2015, quando deixou a linha de montagem.
Apesar disso, a XTZ 125 ainda pode ser uma boa alternativa aos que buscam uma moto competente para o trânsito das cidades e seus obstáculos. Segundo a FIPE (dezembro de 2020), o modelo 2003 tem preço médio de R$ 2.550, enquanto uma 2016 custa aproximadamente R$ 7.909.
Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a XTZ 250X, e o Guia de Motos!
Ficha técnica Yamaha XTZ 125
MotorQuatro tempos, OHC , refrigerado a ar, 2 válvulas |
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Quantidade de cilindros | 1 cilindro |
Cilindrada | 125 cm3 |
Diâmetro x curso | 54 x 54 mm |
Taxa de compressão | 10,0 : 1 |
Potência máxima | 10 CV a 7.500 RPM |
Torque máximo | 1,0 kgf.m a 6.000 RPM |
Sistema de partida | Elétrica (modelo E) – Pedal (modelo K) |
Sistema de lubrificação | Cárter úmido |
Alimentação | Carburador BS 25 Mikuni |
Transmissão5 velocidades, engrenamento constante |
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Embreagem | Multidisco banhado a óleo |
transmissão primária | Engrenagens |
transmissão secundária | corrente |
Parte Elétrica |
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Sistema de ignição | CDI |
Bateria | 12 V x 5 Ah |
Dimensões |
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Comprimento total | 2.090 mm |
Largura total | 810 mm |
Altura total | 1.125 mm |
Altura do assento | 840 mm |
Distância entre eixos | 1.340 mm |
Altura mínima do solo | 265 mm |
Peso seco | 104 Kg |
Raio mínimo de giro | 2,1m |
Chassi |
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Quadro | Diamond |
Rake | 27,5° |
Trail | 106 mm |
Pneu dianteiro | 80/90 – 21 48T MT90 |
Pneu traseiro | 110/80 – 18 58T MT90 |
Freio dianteiro | Disco de 220 mm de diâmetro,acionamento hidráulico, 2 pistões |
Freio traseiro | Tambor de 130 mm de diâmetro |
Suspensão dianteira | Garfo telescópico, mola e óleo |
Suspensão traseira | Braço oscilante, único amortecedor com mola a óleo e gás, Active Monocross |
Curso da suspensão dianteira | 180 mm |
Curso da suspensão traseira | 180 mm |
de Instrumentos | Velocímetro, hodômetro total, hodômetro parcial, indicador de farol alto, indicador de pisca, Luz indicadora de anomalia da ignição, indicador de neutro |
Erro do velocímetro | +12% |
Cores Azul, preta, vermelha |
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PreçoTabela Fipe (dezembro de 2020) |
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XTZ 125 2003 |
R$2.634,00 |
XTZ 125 2016 |
R$7.799,00 |
Consumo
Trecho | Km percorrido | Consumo (litro) | Km/litro |
Uso urbano/estrada | 198,4 | 6,01 | 33,01 |
Uso urbano | 231,2 | 6,4 | 36,13 |
Uso urbano | 210,7 | 5,68 | 37,08 |
Uso urbano/estrada | 197,2 | 5,17 | 38,13 |
Total/média | 837,5 | 23,26 | 36,13 |
óleo trocado com 530 Km |