Pilotar é um exercício de atenção constante e andar de moto nas cidades requer cuidados adicionais. É preciso manter uma postura defensiva e responsável, alerta a tudo o que acontece ao seu redor.
Por isso apresentamos estas 6 dicas para andar de moto na cidade, pensadas especialmente para quem está começando a pilotar agora. São informações pontuais, mas que podem tornar seu ir e vir cotidiano ainda mais divertido, rápido e, sobretudo, seguro.
6 Dicas para andar de moto na cidade
Antes das nossas dicas para quem está começando a rodar de moto, um dado estatístico. No Brasil temos mais de 29 milhões de motocicletas rodando em ruas e rodovias. O número é, por exemplo, superior ao das populações de Chile e Portugal somadas. A informação é da Abraciclo.
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Isto também indica o modo como o brasileiro já está familiarizado com os veículos de duas rodas. Mais de 25% da frota nacional (considerando carros, caminhões e etc) é de motos. Seja para trabalho ou lazer, de scooter ou big trail, estamos andando cada vez mais de motocicleta por aqui.
1 – Rode sempre equipado
O único equipamento de segurança obrigatório para andar de moto no Brasil é o capacete. Então vamos começar por ele. Prefira modelos fechados, que protejam toda a cabeça, mesmo que rode de scooter ou baixas velocidades. Também tenha atenção aos materiais do casco e comodidades, como forro removível. Saiba como escolher o melhor capacete para você.
Mas vá além do básico. Pilote sempre de jaqueta e luvas, ambos com proteções e pensados especificamente aos motociclistas. Se possível, troque o tênis por uma bota. No inverno, lembre que existem produtos pensados especificamentes para andar de moto no frio.
2 – Cuide da sua moto
Não estamos falando que você deve ir semanalmente à oficina para uma revisão geral. Mas atente-se ao básico, veja se a parte elétrica (farol, piscas, lanterna, buzina) e mecânica (motor, troca de marchas) estão funcionando corretamente. Também observe periodicamente o estado dos pneus e kit relação. A ideia aqui é poder sempre sair de casa tranquilo, sem receio de acabar no acostamento por algo que poderia ser evitado.
3 – Jogue na defensiva
Agora que já está equipado e com a moto devidamente abastecida é hora de andar pela cidade. Adote sempre uma postura defensiva, lembrando que a moto é um veículo leve, frágil e que deixa seu corpo totalmente exposto a possíveis impactos ou objetos.
Lembre-se que você precisa ser visto e ouvido no trânsito. Rode com o farol ligado (o que é obrigatório por lei, inclusive), dê seta com antecedêcia e faça um pequeno toque na buzina caso suponha que o motorista próximo ainda não lhe enxergou. Além disso, mantenha uma distância segura do carro à sua frente e facilite a vida de alguém que quer lhe ultraar.
4 – Andar de moto no corredore: cuidado
Depois de muitos anos, enfim o Código de Trânsito Brasileiro falou especificamente sobre rodar de moto nos corredores – aquela faixa estreita entre duas filas de carros. O ato é permitido por lei, desde que na faixa mais à esquerda possível e ‘em velocidade compatível com a segurança de pedestres, ciclistas e demais veículos’.
Nos corredores a atenção precisa ser reforçada, pois um carro que muda de faixa (muitas vezes sem sinalizar) pode significar uma queda do motociclista. Além disso, é comum ver motociclistas em velocidades elevadas, serpenteando perigosamente entre os carros. Não seja um deles. Aposte na cautela, lembre-se de ser visto, dê agem às motos mais rápidas e sinta-se confortável para sair do corredor e andar atrás de um carro caso não se sinta seguro.
5 – Cuidado com os pontos cegos
Esta dica para andar de moto vale ouro. Lembre-se que, invariavalemente, os espelhos retrovisores geram pontos cegos. São pequenos pontos onde os objetos ao seu redor ficam totalmente imperceptíveis e que podem acabar surpreendendo o condutor com algo que surge ‘do nada’, seja você ou o motorista de um carro próximo.
Então jamais pilote em um ponto cego de um carro. O motorista, por mais atento que possa estar, não tem como prever que há um motociclista ‘escondido’ ali. E você também tem pontos cegos, então regule bem os espelhos a fim de minimizá-los e saiba que, vez ou outra, algo – ou alguém – pode acabar neles.
6 – Use os três freios
Assim como a anterior, esta é uma daquelas dicas simples e eficientes que, infelizmente, comumente ficam de fora das lições que recebemos nos CFC. Quando você andar de moto na cidade ou estrada, sobretudo em velocidades elevadas, lembre-se de usar os três freios: o dianteiro, o traseiro e o motor.
Graças à atuação da física, o freio dianteiro tem o maior poder de parar sua moto – ainda que muita gente insista em não o usar. Para uma frenagem mais eficiente, use ao mesmo tempo o traseiro, a fim de manter a moto controlável mesmo que você freie com força. Uma proporção ideal seria 70% dianteiro e 30% traseiro.
E jamais acione a embreagem enquanto freia, pois isto deixa a moto ‘solta’ e dá ainda mais trabalho ao sistema de frenagem. Deixe a marcha engatada (se possível e necessárioa reduza-a) e assim o motor também ira auxiliar na missão de parar a moto. É o famoso freio motor.
