Em seu inédito pódio na MotoGP, Miguel Oliveira foi o primeiro português a vencer uma prova na classe principal em mais de 70 anos de Mundial. O feito foi conquistado neste domingo, 23 de agosto, na quinta etapa da temporada. Além disso, em uma prova historica, pois marcou o GP de número 900 da categoria rainha.
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Mas uma vitória inédita, levando um piloto e seu país à primeira conquista, não bastou ao GP da Estíria. Dessa forma, mais uma vez o circuito Red Bull Ring proporcionou uma corrida sem precedentes. Assim, se na semana ada tivemos diversos acidentes (relembre), agora foram duas provas numa só. A gente explica.
MotoGP: o acidente que mudou o ruma da quinta etapa
Na 16ª volta Maverick Viñales (12, Yamaha) cavou um acidente, deixando a moto bater contra o muro após ficar sem freios. A Yamaha saiu da pista a mais de 200 km/h, se chocou com a parede e pegou fogo. Portanto, a comissão ténica optou por interromper a prova com bandeira vermelha, ocasionando uma nova largada. Com a relargada, uma nova prova. Assim, o dia pode se resumir em antes e depois do episódio.
Corrida 1: a (quase) vitória de Mir
A primeira fase foi coroada com um desempenho incrível de Joan Mir (36) e sua Suzuki. Depois de faturar seu primeiro pódio na MotoGP, na semana ada, o francês largou da primeira fila, tomou a ponta e liderava a corrida. Assim, apliava sua vantagem volta a volta, chegando a por mais de 2 segundos sobre o segundo colocado, Jack Miller (43, Ducati), que tentava se livrar de Takaai Nakagami (30, Honda).
Sim, naquele momento o pódio teria a primeira vitória de Mir e um pódio inédito do japonês, melhor piloto da Honda na temporada – diante do afastamento de Marc Márquez e do desempenho pífio de Aléx Márquez e Stefan Bradl. Entretanto, como dissemos, a prova foi interrompida.
Corrida 2: a glória portuguesa
A relargada marcou o início de uma nova prova. Sem sua vantagem, Mir largou na frente mas logo foi alcançado pelas Ducati e KTM. Assim, perdeu posições e, 12 voltas depois, recebeu a bandeirada na quarta colocação. Nakagami teve um fim parecido. Desta forma, largou mal e teve de acelerar no pelotão intermediário. Concluiu a ‘corrida válida’ no sétimo lugar.
Miller foi a exceção, com bom desempenho nos dois momentos. Além disso, na segunda largada ele se saiu bem e brigou pela ponta desde a primeira volta, disputando espaço com as KTM de fábrica, de Pol Espargaró (44), e satélite, de Miguel Oliveira (88). Dessa forma, alguns segundos atrás, pilotos como Andrea Dovizioso (04, Ducati), Mir, Nakagami e Alex Rins (42, Suzuki) brigavam pelas posições seguintes.
Ultraagem perfeita na última curva
As voltas finais foram de adrenalina. Espargaro e Miller brigavam pela ponta, com o espanhol na liderança. Entretanto, Miguel acompanhava tudo logo atrás, tentando se manter próximo dos ponteiros. Assim, a duas voltas do fim o australiano ou a pressionar Pol, levando o rival a cometer pequenos erros em entradas e saídas de curvas.
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Assim, a decisão ficou para a volta final. Enquanto Pol e Espargaró dividiam espaço e praticamente se tocavam curva a curva, Oliveira se aproximou. Então, na última curva os ponteiros disputavam na parte externa do traçado, quando o português viu o centro livre, acelerou e ultraou os dois num golpe só. Assim, conquistou a ponta nos metros finais, faturou sua primeira prova, um resultado inédito também para a equipe e Portugal, levando seu time ao delírio. Por fim, Miller chegou em segundo e Espargaró em terceiro.
MotoGP: como fica o campeonato
Nesta semana, Marc Márquez informou que ficará fora das provas por mais dois ou três meses. Assim, o atual campeão segue se recuperando do acidente na primeira prova e complicações, pertendo pontos que provavelmente irão lhe custar o título da MotoGP 2020.
Sem o favorito a disputa segue totalmente aberta. Dessa forma, Fabio Quartararo (20, Yamaha) segue em primeiro, com 70 pontos. Por fim, Andrea Dovizioso é o segundo, com 67, e Miller o terceiro, com 56. Brad Binder e o Viñales fecham o top5, com 49 e 48, respectivamente.
Próxima prova da MotoGP
Com calendário reduzido e adaptado em virtude da pandemia, a MotoGP segue um ritmo acelerado neste segundo semestre. Dessa forma, serão realizadas mais nove provas, em menos de quatro meses. Além disso, equipes e pilotos se organizam para duas provas em Misano, na Itália. Assim, elas acontecem dias 13 e 20 de setembro, sendo válidas também pela MotoE.
1ª etapa: 19/7 – GP da Espanha – Jerez + MotoE
2ª etapa: 26/7 – GP de Andaluzia – Jerez + MotoE
3ª etapa: 9/8 – GP da República Tcheca – Brno
4ª etapa: 16/8 – GP da Áustria – Red Bull Ring
5ª etapa: 23/8 – GP da Estíria – Red Bull Ring
6ª etapa: 13/9 – GP de San Marino – Misano + MotoE
7ª etapa: 20/9 – GP de Emília-romanha – Misano + MotoE
8ª etapa: 27/9 – GP da Catalunha – Barcelona
9ª etapa: 11/10 – GP da França – Le Mans + MotoE
10ª etapa: 18/10 – GP de Aragão
11ª etapa: 25/10 – GP de Terue – Aragão
12ª etapa: 8/11 – GP da Europa – Ricardo Tormo
13ª etapa: 15/11 – GP da Comunidade Valenciana – Ricardo Tormo
14ª etapa: 22/11 – GP de Portugal – Algarve
MotoGP – resultado da 5ª etapa (GP da Estíria)
1) Miguel Oliveira – 88, KTM
2) Jack Miller – 43, Ducati
3) Pol Espargaró – 44, KTM
4) Joan Mir – 36, Suzuki
5) Andrea Dovizioso – 04, Ducati
6) Alex Rinx – 42, Suzuki
7) Takaai Nakagami – 30, Honda
8) Brad Binder – 33, KTM
9) Valentino Rossi – 46, Yamaha
10) Iker Lecuona – 27, KTM
11) Danilo Petrucci – 9, Ducati
12) Aleix Esparagó – 41, Aprilia
13) Fabio Quartararo – 20, Yamaha
14) Johann Zarco – 5, Ducati
15) Franco Morbidelli – 21, Yamaha
16) Aléx Márquez – 73, Honda
17) Cal Crutchlow – 35, Honda
18) Stefan Bradl – 6, Honda
19) Bradley Smith – 38, Aprilia
20) Michele Pirro – 51, Ducati
21) Tito Rabat – 53, Ducati
OUT
Maverick Viñales – 12, Yamaha
