A Honda foi a primeira fabricante de motos do mundo a equipar uma moto de série com airbag. Quem recebeu a tecnologia foi a touring Gold Wing, lá em 2006, há 15 anos. E agora, mais uma vez em nome da segurança, temos novidades.
Airbag cortina é um das novas tecnologias que a Honda está desenvolvendo para a segurança dos motociclistas
A empresa está desenvolvendo um airbag para motos menores, especialmente aos scooter. É o que revela registros de patentes homologados na última semana, pela própria fabricante.
O equipamento da Gold Wing é robusto e tão volumoso quanto o de um carro, com o objetivo de manter o piloto em sua posição inicial. Já o novo sistema da Honda tem outro propósito. Como um airbag de cortina, ele é estreito e atua como uma espécie de barreira entre o piloto e os objetos que podem ferí-lo, suavizando impactos.
A Gold Wing 2006 foi a primeira moto do mundo a ter airbag. O novo sistema, porém, adota uma solução diferente, com um pequeno airbag de cortina
Assim, a novidade fica alocada próximo ao guidão, numa caixa em formato de U e que engloba o de instrumentos do scooter – que, até então, é um PCX. Quando inflado, ele cria uma barreira entre o piloto e o pequeno parabrisa do modelo. Desta forma, não impede o deslocamento do condutor, mas amortece impactos e lhe protege de eventuais objetos.
Projeto ainda está em desenvolvimento. Uma das missões é encontrar a melhor forma de alojar o equipamento na parte frontal da moto
Porém, as patentes mostram que a Honda ainda está aperfeiçoando o projeto. A melhor forma de acomodar o airbag parece ser o ponto mais delicado até aqui. Além disso, o equipamento por enquanto é apenas um protótipo, que pode ou não chegar às motocicletas de produção.
Segundo a Honda, mais de 60% das colisões envolvendo motociclistas são frontais, o que baseia seus investimentos em alternativas que possam reduzir os riscos a quem pilota
Caso avance, ele deve equipar diferentes modelos além do PCX, sucesso global da marca e que foi adotado durante o desenvolvimento do projeto. De qualquer forma é interessante ver que a segurança segue sendo ponto central para muitas fabricantes, que não poupam recursos e tempo na importação de tecnologias às motos.