Toda novidade custa caro, disso você já sabe. Entretanto, há vezes em que os lançamentos extrapolam os patamares esperados, seja pelas características do produto ou realidade do segmento. Vemos isso em motos caras demais em sua primeira chegada ao solo brasileiro.
Lembrou de algum modelo? Então confere aqui algumas das vezes em que as fabricantes colocaram patamares custosos demais, mesmo aos mais abastados consumidores . Veja alguns exemplos de motos caras demais:
1 – Honda CRF 1000L Africa Twin
A CRF 1000L Africa Twin teve seu protótipo apresentado no Salão de Milão em 2014, na Itália. Um ano depois ela já estava no mercado europeu. Já a chegada ao Brasil ocorreu depois de muitos atrasos, mas a promessa de trazer esse modelo foi cumprida no segundo semestre de 2016.
Em seu conjunto, a moto trazia o motor bicilíndrico, com pistões em paralelo e movido a gasolina, com deslocamento de 999,1 cm³. Tudo isso rendendo potência de 90,2 cv a 7.500 rpm com torque de 9,3 kgf.m a 6.000 rpm.
No entanto, a Honda superestimou o custo da novidade. A CRF 1000L foi apresentada em novembro no Salão Internacional do Automóvel, ao preço de R$64.900,00 a versão “básica” e R$74.900,00 com o kit de malas e o protetor da frente da moto.
Não deu certo, e um ano depois a fabricante decidiu reduzir o preço público sugerido em módicos R$10 mil nas duas versões. Agora eram então R$ 54.900 para a versão ABS e R$ 64.400 na Travel Edition. Segundo a Honda, agora elas estavam adequadamente posicionadas na realidade do mercado brasileiro.
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2 – Harley-Davidson V-Rod
A Harley-Davidson V-Rod foi lançada globalmente em 2001 e poucos meses depois já desembarcava no Brasil. Para a época o modelo era o supra-sumo da tecnologia, ostentando o primeiro motor da Harley com auxílio da refrigeração a água.
Muito mais do que isso, era um propulsor desenvolvido pela Porsche! Essa usina era um V2 de 60 graus DOHC 1.131 cc. Para a época, o resultado avaliado da obra de engenharia alemã era de 122 cv a 7.750 rpm e torque máximo de 11,9 kgf.m a 6.750 rpm. Tudo isso no pacote de uma das mais tradicionais fabricantes de customs do mundo.
Porém, tecnologia, luxo e requinte custam caro. Mas precisamente R$ 100 mil se você estivesse a fim de levar a V-Rod no início de 2002 no nosso país. Para se ter um patamar, na época o salário mínimo valia R$ 200.
Mas o modelo já começou a ficar tentador logo que ado o furor de seu lançamento, quando ele estacionou na faixa dos R$ 83 mil. Alguns anos e várias versões depois ele já estava custando menos de R$ 45 mil em 2011. Foi um reajuste ao contrário!
3 – Honda CBX 750F
Vamos agora voltar um pouco mais no ado, para falar da top de linha Honda CBX 750F. Em 1986 ela chegou ao Brasil importada do Japão causando comoção na indústria nacional.
Seu apelo visual e motor de 747 cc, com potência de 82 cv a 9.500 rpm e torque de 6,5 kgfm a 8.000 rpm, faziam acontecer naquele momento. Era potente para os padrões da época, com velocidade final superior aos 200 km/h! No entanto, como você já deve ter percebido, novidades e tecnologia custam caro.
No período de importação do modelo, somente 700 unidades foram trazidas e a peso de ouro. A moto teve preço estipulado de 129.290,00, equivalente na época a US$ 9.388. Porém amigos, na prática a motocicleta era vendida a Cz$400.000, o que equivalia a US$29.050. Em valores corrigidos pelo IGPM, hoje corresponderia a mais de meio milhão de reais!
Não à toa ela recebeu o título aqui no país de “a 750 mais cara do mundo”. Mas calma, logo em 1987 começou a nacionalização da CBX 750F, com nada menos que 40% de suas peças sendo produzidas no Brasil. Tudo isso para trazer um preço razoável e fazer frente aos concorrentes que já se achegavam ao mercado.