Os roubos de motos seguem sendo uma preocupação no Brasil e, em muitas cidades, rodar com determinadas marcas ou modelos sem sofrer com a violência já se tornou praticamente impossível. É o caso de São Paulo, onde as big trail parecem ser as preferidas da bandidagem quando o assunto são furtos de motocicletas de alta cilindrada.
Roubos de motos seguem crescendo
Apenas de janeiro a julho de 2022 foram roubadas 7.662 motos no estado de São Paulo. Ou seja, um assustador crescimento de 49% em comparação com o mesmo perído do já preocupante 2021. Mas fica ainda pior: o número considera apenas os roubos, quando o ladrão aborda a vítima, sem contar sinistros de furto (quando a moto é levada sozinha, estacionada em algum lugar).
Os números são cada vez piores. Em 2022, mais de 42 motos são roubadas todos os dias (quase 2 por hora). Isso contando apenas as ações violentas, deixando de lado os casos de furtos
Ou seja, aqui estamos falando de casos em que os veículos foram levados por meio de violência ou grave ameaça. O total de casos, envolvendo furtos e roubos, é muito maior.
Estes dados foram detalhados e levantados por um grupo de motociclistas da sociedade civil. E os índices, por sua vez, foram baseados em boletins de ocorrência e nos números disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP).
As big trail parecem ser as favoritas dos assaltantes. O total de furtos das grandes aventureiras mais que dobrou de 2021 para 2022 em São Paulo
Outro dado alarmante diz respeito a motocicletas de alta cilindrada. Em especial a um tipo específico de motos – as big trail. Entre as potentes aventureiras o números de roubos mais que dobraram no mesmo período avaliado – janeiro e julho.
Até mesmo as big trail mais simples e usadas estão na mira dos bandidos. A G 650 GS, aposentada há 6 anos, teve mais de 50 registros de roubo
Nos primeiros sete primeiros meses de 2022 foram roubadas 553 big trail – sem contar os casos de furtos. Ou seja, um aumento de 111% sobre as 262 motocicletas deste período no ano ado. Com essa assustadora estatística, grupos de proprietários de motocicletas de alta cilindrada têm se reunido.
O objetivo é chamar a atenção das autoridades a respeito do problema, inclusive realizando reuniões com fabricantes e seguradoras. Por fim, a partir de iniciativas como esta, são levantados dados sobre o problema e visa-se trazer ação a pontos críticos com alto índice de ocorrências.